Por que alguns varejistas desistem do e-commerce?
Postado em 18/04/2013
Escrito por Elaine Medeiros
Primeiro foi o Carrefour, no final do ano passado, e agora mais recentemente a Bayard. E a pergunta que fica é: por que lojas físicas, conceituadas no mercado brasileiro, não estão conseguindo manter seus e-commercers?
E como algum dos exemplos de varejistas que seguiram na contramão desses problemas ele cita o Magazine Luiza. “A rede procurou fazer uma análise de logística diferenciada nas lojas físicas e on-line, e promoveu uma integração completa entre esses dois canais, ao ponto do cliente comprar em um canal e poder receber em outro. Além disso, os funcionários das lojas físicas são treinados para utilizar os dois tipos de recursos simultâneamente, sempre que necessário”, explica.
Diante de um cenário brasileiro em que as vendas no comércio eletrônico vêm crescendo 30% ao ano, com um ticket médio entre US$ 250 e US$ 300, ainda há muito por fazer nesse segmento para que o País possa chegar, de acordo com ele, a uma média similar ao dos Estados Unidos ou da Europa, onde o ticket médio gira em torno de US$ 500. “O brasileiro continua tendo medo de informar o número do seu documento ou do seu cartão de crédito quando pensa em fazer uma compra pela internet. Ele se sente mais seguro comprando pessoalmente”, afirma Tavarone, acrescentando que falta às empresas varejistas mais planejamento e estrutura na hora de transferir as informações de um mesmo cliente para um só banco de dados, e consequentemente oferecer um trabalho seguro de divulgação e conquista.
De todo modo, como há um filão que pode ser explorado, ele aproveita para deixar uma dica para as empresas varejistas que pensam em migrar para o varejo on-line: “Hoje para ganhar a confiança do usuário é preciso passar-lhe confiabilidade. E isso não requer necessariamente grandes investimentos em plataformas, desde que os prazos de entrega, por exemplo, sejam respeitados. Se um varejista se compromete em entregar dentro de um prazo ele acaba conquistando a confiança do usuário gradualmente”, conclui.